Tocantins encerra participação nas Paralimpíadas Escolares 2023 com 75 medalhas e oito recordes nacionais. Delegação de 76 integrantes fez história na 10ª edição do evento e se destacou no quadro de medalhas e no rendimento dos paratletas.
Foram 24 ouros, 29 pratas, 22 bronzes, oito recordes nacionais e incontáveis experiências vividas pelos estudantes tocantinenses nas Paralimpíadas Escolares 2023. O maior evento esportivo para pessoas com deficiência foi realizado em São Paulo com a participação de 47 paratletas do Tocantins. A delegação do Estado, de 76 integrantes, entre alunos e equipe técnica, retornou ao Tocantins nesse domingo, 3, trazendo 75 medalhas, conquistadas nas modalidades de Atletismo, Natação, Tênis de Mesa, Parabadminton e Halterofilismo.
“Esta é a 10ª participação do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares e estamos extremamente felizes e realizados com os crescentes resultados do nosso Estado. Ano passado foram 51 medalhas e, neste ano, fizemos nossa melhor campanha subindo 75 vezes ao pódio. Nossos meninos e meninas mostraram o talento do paradesporto escolar tocantinense e tiveram a oportunidade de vivenciar esse evento que busca incentivar a prática esportiva proporcionando o desenvolvimento em diversas áreas da vida dessas crianças e adolescentes com as mais diversas deficiências”, pontuou a chefe da delegação tocantinense e técnica de desporto escolar da Secretaria de Estado da Educação, Luciana Monteiro.
Para chegar à fase nacional das Paralimpíadas, os atletas participaram da 9ª edição dos Jogos Paradesportivos Escolares do Tocantins (Parajets), promovidos pelo Governo do Estado, e venceram a fase regional das Paralimpíadas, em Brasília, onde conquistaram 88 medalhas e quebraram quatro recordes nacionais.
Na etapa nacional das Paralimpíadas, Edivaneide Silva dos Santos, da Escola Municipal Professora Safira Camêlo Gomes, de Campos Lindos, foi campeã nas três provas do atletismo em que disputou: corrida de 60m e 150m e no salto em distância. A estudante de 13 anos segue sendo a recordista nacional, nas provas dos 60m e no salto em distância sub–14, classe T34.
“É uma alegria muito grande ver o resultado do meu esforço. Ser recordista é uma sensação inexplicável, ainda mais porque superei os meus próprios recordes. Estou feliz demais”, contou radiante.
Três atletas da Escola Estadual Maria dos Reis, de Palmas, também foram recordistas: Evelyn de Sousa Alves acumulou dois recordes na categoria sub-14, classe F35: lançamento de pelota e arremesso de peso. Humberto Gabriel Sousa Nunes é o autor do novo recorde das Paralimpíadas 2023 sub-14, no lançamento de pelota, classe F12.
“Estou muito feliz mesmo, principalmente porque ano passado eu adoeci, fiquei muito doente e não consegui participar. Este ano me superei e consegui dois recordes. Dedico minhas essas conquistas, assim como meus colegas do Maria dos Reis, a nossa professora Divina, que não pôde estar aqui com a gente, porque está se recuperando de um problema grave de saúde, mas que nos treinou com muito amor”, disse Evelyn.
Também foi recordista na competição escolar nacional, Alexandre da Silva Santos, no arremesso de disco, sub-18, F 42. Ele é estudante do Colégio Estadual Ulisses Guimarães, da cidade de Pau D’Arco.
Os atletas da natação, treinados pela professora Deusanir de Sousa, mostraram força e habilidade na piscina e trouxeram seis medalhas. Bruno Damasceno, da Escola Adventista de Palmas, conquistou uma prata nos 50m livres e um bronze nos 100m livres.
Maria Flávia Fernandes Silva, do Colégio Militar do Estado do Tocantins – unidade 1, de Palmas, foi a atleta com maior número de medalhas da delegação tocantinense: quatro no total. Ela foi ouro na prova dos 200m livres e bronze nas disputas dos 50m costas, e ainda nos 50m e 100m livres. “É sempre muito emocionante vencer. Sou muito feliz por ser uma paratleta e poder inspirar outras pessoas como eu”, disse.
Este foi o primeiro ano das disputas do Halterofilismo nas Paralimpíadas. O Tocantins levou quatro representantes, todos da Escola Estadual Machado de Assis, de Araguanã: Aline Jordânia, Irla Maria Torres, Jefferson de Macedo e Marcos Ricardo, treinados pelo professor Rafael Gabarrão.
Aline conquistou a prata na competição: a primeira medalha do Tocantins no Halterofilismo. “Sempre competi no atletismo e conquistei muitas medalhas. Ano passado me despedi das Paralimpíadas por causa da idade, mas agora, com o Halterofilismo, tive mais uma vez a oportunidade de participar desse evento tão maravilhoso. Estou muito feliz, por representar meu Estado”, revelou.
Invicta, Evelly Vitória Ribeiro Saraiva, da Escola Estadual Irineu Albano Hendges, de Guaraí, trouxe o ouro nos 60 metros, 150 metros e no lançamento de pelota. Pedro Henrique Sarges Guimarães, do Colégio Militar do Estado do Tocantins João XXIII, de Colinas, foi prata no Arremesso de Peso e no Lançamento de Disco. Da mesma escola, Felipe de Sousa Rocha, foi prata nos 250m e bronze nos 75m.
Maria de Lurdes Coelho Morais, da Apae de Araguaína, conseguiu três medalhas: ouro nos 400m, prata nos 100m e no arremesso de peso. João Pedro Gomes Cavalcante, do Colégio Militar do Estado do Tocantins Santa Terezinha, de Miracema, foi ouro no lançamento de dardo e prata nos 75m e no arremesso de peso.
Jakeline Pereira Silveira, do Colégio Militar do Estado do Tocantins, Jardenir Jorge Frederico, de Araguaína, foi prata no Arremesso de peso e Lançamento de Dardo, além de bronze no Lançamento de Disco.
Abner Ribeiro Andrade, da Escola Estadual Joaquim Pereira da Costa, de Gurupi, trouxe na bagagem uma prata na corrida 60m, outra nos 150m e um bronze no lançamento de pelota. Da mesma cidade, Emerson de Oliveira Lima, aluno da Escola Municipal Antônio Almeida Veras, ficou na terceira colocação e garantiu o bronze no salto em distância e na corrida 250m.
Os paratletas da Escola Estadual Machado de Assis, de Araguanã, treinados pelos professores Rafael e Jéssica Gabarrão foram destaque no evento. Hentony Santos, também deixou todos os oponentes da classe T47 para trás e conquistou o ouro nos 100m, 400m e ainda no salto em distância.
Alexsandro Pereira levou três medalhas: duas de prata, no arremesso de peso e no lançamento de Disco, além de um bronze no Lançamento de club. Iure Lima Paiva foi prata nos 400m e bronze nos 1.500m. Marcos Felipe foi ouro no lançamento de club e Heitor Santana bronze no arremesso de peso.
A equipe do Sudeste fez bonito e contabilizou nove medalhas no total. Renan Fernandes da Costa, do Colégio João D’Abreu, de Dianópolis, foi bicampeão do Arremesso de Peso. Valtemir Almeida Vitor foi prata no Salto em Distância e nos 400m e bronze no Lançamento de Dardo.
Da Escola Municipal Izabel Costa, de Conceição do Tocantins, Deiza França do Nascimento, de Combinado, venceu o Lançamento de Pelota e ficou com o segundo lugar no Arremesso de Peso. Pedro Felipe Lopes Pereira conseguiu uma prata no Salto em Distância, outra no 60m, além de um bronze nos 150m.
O professor Rogério Santos, que acompanhou a equipe do Sudeste, se despediu da competição e ressaltou os benefícios do paradesporto para o desenvolvimento das pessoas com deficiência.
Os paratletas do Colégio Militar do Estado do Tocantins, Jardenir Jorge Frederico, de Araguaína, fizeram bonito no Tênis de Mesa. Ryan Pereira Alves Nogueira foi prata nas disputas em dupla e bronze no simples.
Na mesma modalidade, Matheus dos Santos, do Colégio Militar do Estado do Tocantins Dr. José Aluízio da Silva Luz, de Araguaína, se consagrou campeão na competição por equipe e ainda levou o bronze individual. Gustavo Gabriel, atleta do Colégio Estadual Rachel de Queiroz, de Palmas, conseguiu uma prata e um bronze. Maria Thais Alves, da Escola Estadual Vale do Sol, da capital, levou dois bronzes.
Pelo segundo ano no evento nacional, Ruthy de Souza Uchôa, da Escola Estadual Carmênia Matos Maia, de Porto Nacional, disputou no Parabadminton e conseguiu uma prata individual e um bronze em dupla com Samuel de Lacerda Santos. Também no Parabadminton, Samuel de Lacerda Santos, do Colégio Militar do Estado do Tocantins Jardenir Jorge Frederico, de Araguaína, foi bronze na competição mista.
Keilla Gonçalves, técnica da Seduc, participou de todas as edições das Paralimpíadas e destacou a evolução do paratletismo tocantinense. Segundo ela, no primeiro ano do evento, em 2013, a delegação do Tocantins tinha 17 participantes e apenas nove atletas. Na época, ainda não existiam os Parajets e o Estado conseguiu três medalhas: dois bronzes e uma prata.
“É espetacular ver esse crescimento, no número de participantes e no rendimento dos nossos paratletas. Sou muito grata por ter acompanhado todas as edições e vivenciando a superação, a emoção e o impacto que as Paralimpíadas têm na vida de cada estudante. Nesses dez anos, fui testemunha de vidas realmente transformadas por meio do paradesporto escolar e que tem sido inspiração para a inclusão das pessoas com deficiência”, relatou emocionada.
Créditos: Mari Rios / Núbia Daiana Mota / Governo do Tocantins