Grêmios estudantis intensificam ações da Busca Ativa Escolar e evidenciam aumento de 56,07% no número de matrículas nas escolas da rede

Grêmios estudantis intensificam ações da Busca Ativa Escolar e evidenciam aumento de 56,07% no número de matrículas nas escolas da rede. Coordenadores estaduais da estratégia da Busca Ativa Escolar, estudantes e demais parcerias intersetoriais impulsionam resultados positivos da “Campanha Fora da Escola Não Pode”

As ações da Busca Ativa Escolar, por meio da “Campanha Fora da Escola Não Pode” foram impulsionadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), desde o início do ano letivo de 2023. Os coordenadores estaduais da Busca Ativa Escolar, as  Diretorias Regionais de Educação (DRE’s), as unidades escolares e os grêmios estudantis têm promovido inúmeras atividades que visam mobilizar atos intersetoriais a aderirem à estratégia e diminuir a evasão escolar intensificada pela pandemia da covid-19.

Muitos dos estudantes estão engajados na campanha através da participação dos 450 grêmios estudantis que atuam em todo o estado, um diferencial que tem impulsionado resultados positivos em diversas unidades, como por exemplo, nas escolas pertencentes às DRE’s de Araguatins, Tocantinópolis e Araguaína.

Conforme números gerais da estratégia da Busca Ativa Escolar do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Tocantins, ao comparar os casos de matrícula e re-matrículas do mês de dezembro de 2022 com março de 2023, houve um aumento significativo de 56,07%.

De acordo com informações da coordenadora da Busca Ativa da Seduc, Diva Nunes Rezende, a metodologia da Busca Ativa inclui ações que acontecem diariamente através de parcerias intersetoriais e a equipe multiprofissional da escola, que compreende as áreas de orientação educacional, atendimento psicológico e assistência social.

“A estratégia do Unicef é desenvolvida de forma integrada, viabilizada pela Seduc, com a colaboração dos coordenadores estaduais da Busca Ativa; Equipe de Supervisores(as) Estaduais das DRE’s; Instituto Peabiru; Ministério Público Estadual; União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Comitê Gestor Estadual da Busca Ativa Escolar; Unidades de ensino da rede e suas respectivas equipes multiprofissionais e as Secretarias Municipais de Educação.  Além de também poder contar com a compreensão e envolvimento da comunidade escolar”, pontuou Diva.

Para o articulador estadual dos grêmios estudantis da Seduc, Júlio César da Rocha, os grêmios potencializam a execução da campanha para diminuição da evasão escolar. “Dentre as metodologias, os estudantes atuam como verdadeiros monitores. Eles buscam os ex-alunos com empatia, oferecendo uma rede de apoio, além de ressaltar os atrativos e a importância da vida escolar para um projeto de vida de sucesso. Dessa forma, os índices nas taxas de retorno dos alunos estão subindo gradativamente, evidenciando a eficácia da linguagem do grêmio estudantil”, destacou.

Ruan Alves, estudante do 3º ano do curso Técnico em Informática, do Colégio Estadual Manoel Vicente de Souza, em Augustinópolis, conta como o apoio dos professores foi fundamental para conseguir superar desafios e voltar para a escola.  “Encontrei compreensão, confiança e o incentivo que precisava para conseguir me livrar de todos os problemas relacionados à ansiedade. A escola foi minha grande rede de apoio e a sinto como minha segunda família. Hoje sou jovem protagonista, membro do grêmio estudantil e consigo falar em público. Nunca imaginei que conseguiria vencer todos estes desafios. A Busca Ativa faz a diferença e nós estudantes também podemos fazer a diferença na vida dos colegas, eu sou exemplo disto”, relatou Ruan.

O estudante Carlos Nascimento, membro da assessoria de comunicação e do Grêmio do Colégio Estadual Manoel Vicente de Souza, relata o quanto as metodologias e ações da Busca Ativa Escolar são importantes para a diminuição da evasão. “As ações da campanha “Fora da Escola Não Pode” e do Programa de Evasão Escolar Nota Zero auxiliam para a não evasão e também para o resgate dos estudantes que por inúmeros motivos deixaram de estudar. Nós procuramos olhar para particularidade de cada colega e com empatia trazê-lo de volta para o ambiente escolar, dando o apoio que ele precisa”

A orientadora Educacional do Colégio Estadual Manoel Vicente de Souza, Faely da Silva Ferreira informa que na escola o processo de busca ativa acontece diariamente e conta com a colaboração de toda a comunidade escolar. “Durante formação com a equipe gestora e pedagógica, os líderes de turma e os membros do grêmio estudantil foram orientados a introduzir dentre suas atividades ações da estratégia da busca ativa, como por exemplo, o livro de registro da turma, onde se inclui o número de faltas dos colegas e as justificativas”.

Conforme relatou Faely, os líderes de turma registram no livro tudo que acontece em sala de aula, inclusive o número de faltas dos colegas e as respectivas justificativas. Através de um grupo de mensagens da turma, os estudantes procuram entender por que o colega não compareceu. Caso o estudante não justifique a ausência, a orientadora é informada e imediatamente entra em contato com a família para saber o que aconteceu e toma as providências, acompanhada pela equipe multiprofissional.

Além dessa sistemática, os estudantes gremistas e jovens protagonistas formam uma grande rede de apoio, ancorada pela empatia, acolhimento e compreensão.

A Seduc aderiu à estratégia da Busca Ativa Escolar Unicef em 2019. Trata-se de uma estratégia que visa colaborar para minimizar a evasão e o abandono escolar, para que todas as crianças e adolescentes permaneçam na escola com sucesso e aprendizagem. Já a campanha “Fora da Escola Não Pode” é uma proposta para o ano letivo de 2023. O objetivo é mobilizar secretarias municipais, diretorias regionais de educação, demais parceiros e sociedade civil para que nenhuma criança ou adolescente fique fora da escola.

A Iniciativa conta ainda com o apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social ( Congemas ) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde ( Conasems ) e possibilita identificar, localizar e encaminhar meninas e meninos que necessitam de apoio para a reintegração à escola. Outra preocupação é a inserção de famílias no Cadastro Único, bem como para acesso a Programas Sociais do Governo Federal e serviços da rede de proteção social existentes em cada município.

Créditos: Juliana Carneiro / Divulgação Seduc / Governo do Tocantins